segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Caco de Vidro


Estar-se satisfeito é premissa para que todo e qualquer sentimento possa ser de grande contentamento. Quando se percebe que há algo errado, não na sua forma de sentir, mas como seu sentimento é visto e aceito pelo outro, talvez seja hora de reavaliar as coisas. Tenho pra mim que nem sempre aceitamos os fatos como eles realmente são, temos o habito de querer ocultar a realidade quando essa não nos é de total agrado. Vivemos um período de fantasia, é como se quiséssemos fazer com que a realidade acreditasse em nossos desejos assim como nós acreditamos (Amém!). Iludimos-nos então tentando burlar as reais circunstâncias. Acreditamos mesmo que podemos mudar os outros? É... Acreditamos sim!

O que acontece quando nos afeiçoamos a alguém? Queremos a reciprocidade do outro, queremos a troca de igual pra igual. O amor é o único sentimento em que queremos tanto quanto damos (às vezes até mais). Afinal de contas, amar sozinho não tem graça. E não falo de graça em ser engraçado, bobo, simpático, refiro-me a dádiva concedida, ao afeto profundo. Acho até que o amor seja uma troca de favores, um abraço aqui gera um sorriso logo mais... E por ai vai...

E por falar em amar sozinho, suponho que a esperança seja algo dos apaixonados, os amantes são de um otimismo sem igual. Acreditam piamente na possibilidade de que algo pode mudar o outro. Como se uma manifestação fosse surgir gerando essa troca tão esperada. Eu particularmente sou uma otimista, tenho que admitir. Mas minha vã e humilde esperança anda de mãos dadas com o cético também. Trava uma luta constante entre o que é (de fato) e o que almeja meu coração. Cheguei a aquele inevitável momento, percebi (mesmo que tardiamente) que há algo de errado. Que não troco mais favores, me dou sem haver reciprocidade, e hoje nem minha fé mais abundante consegue burlar essa tal realidade. Visto que chegou o momento, decido mesmo que com minha alma estraçalhada a viver por mim. Renego-me a amar por dois, por mais que tenha amor suficiente para isso.

Seguir em frente, é disso que se trata. Andar só, novamente depois de um tempo. Agora é só você e todas as possibilidades... Essa é uma grande oportunidade de reaprender sobre você, sobre seus valores, seus conceitos... É hora de reaver sua essência. Por isso, quebrou? Junte os cacos, mas não empurre tudo pra debaixo do tapete, cole pedaço por pedaço, se for preciso peça a ajuda de alguém. Pode até ser que fiquem com algumas rachaduras, mas são coisas que com o tempo você aprende a conviver. E quando todo dano for reparado esteja pronto para arriscar-se de novo. E não se espante se vier a quebrar novamente, o amor é feito de vidro mesmo, daí você junta e cola tudo outra vez...

                                                       Bay: Kesya Tavares.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Sufocando


Não posso mais negar
Meu amor seguiu outro caminho,
Não se despediu,
Nem se lamentou,
Apenas se foi.

Então preciso ir também,
Não pra buscar outro alguém,
Apenas pra tentar me entender,
Ou talvez me reencontrar,
E quem sabe poder voltar depois.

E apesar de sabe que o fim
Vai te trazer mais dor que em mim,
Saibas que eu nunca quis te ver chorando,
Mas este grito esta me sufocando.

Sufoca o peito
A lágrima que não cai,
Sufoca meu leito
Esse sorriso que não sai.

Sufoca,
E sufocando irei morrendo,
E te matando junto a mim,
Sufoca,
E dentro de mim vou me perdendo
Até chegar ao fim.

by: Kesya Tavares.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Era Uma Vez...


Era uma vez... Você e eu! Ou seria melhor dizer, já era (uma vez) você e eu?
Já ouvi inúmeras histórias de amor, já vi diante dos meus olhos mais um bocado delas... Histórias e seus finais felizes, e finais nem tão felizes assim também. Já provei dos seus sabores, e claro, dos seus dissabores igualmente. Imperfeito ou primoroso? Simples ou complexo? Quantas interrogações o amor te trás? A mim, inúmeras. E sempre mais.

Não desistir de tentar entender o amor, muito menos aqueles que dizem senti-lo. Mesmo que às vezes canse, que seja esgotante, uma fadiga. Porém confesso que seria um prazer incontestável entender, decifrar, compreender, e porque não, desvendar esse sentimento. É meus amigos, desvendar... Sim! Porque eu tenho a ligeira impressão que por mais que tantas e tantas pessoas falem do amor como se o conhecesse, não se sabe ao certo do que se trata, é um mistério, e tudo não passa de suposições... Ilusórias e ingênuas hipóteses.

Já vivi, abandonei, esperei, corri atrás, não correspondi, fingi, experimentei, acreditei... Mas sei que não vivi tudo... Não tudo! Ainda falta o... E foram felizes para sempre!

                                          by: Kesya Tavares.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

E Você Tem Medo De Que?


Tenho medo de trovão, relâmpago, filme de suspense, andar sozinha em rua deserta, atravessar no sinal verde, barata, comer coisas “esquisitas”, passar na frente de carro forte, montanha russa, bala perdida, ser traída, perder a pessoa amada, ter que deixar um grande amor pra trás, perder meus pais, ficar sem amigos, não ter mais nada pra falar... São tantos os meus medos! Medo faz parte da condição humana, não há nenhum ser que não o sinta. Às vezes ele vem de forma apavorante, paralisante, sufocante, e quantos mais “ante’s” puderem existir.

Tem horas que o medo é de uma total inconveniência, parece que perdeu o famoso “semancol”. Há momentos que deveria ser proibido amedrontar-se. Quantas coisas nós deixamos de fazer por medo... Ah! Nem quero contabilizar. Nem sei o que realmente causa essa fobia, essa inquietante sensação ameaçadora. Talvez porque suas razões sejam derivadas do inconsciente, de algo mais além da compreensão. E assim como todos os outros sentimentos, este é mais um que chega sem pedir permissão.

Não sou a favor do medo, mas preciso ser realista, tem horas que este receoso sentimento pode ser bem-vindo. O medo é plausível quando nos faz hesitar, pois é necessário que às vezes tenhamos a sensibilidade de enxergar onde está o perigo. Que sentimento ambíguo!

Eu conheço muita gente que demonstra segurança, pessoas tão donas de si. Essas pessoas se sentem livres de riscos, imunes a este temor que é o medo. Elas se sentem assim, parecem ser assim, mas tudo não passa de uma fingida carapuça. Atenha-se apenas a conhecê-las melhor, torne-se intima, e então perceberá que o medo se esconde dentro até mesmo dos mais ousados.

Tenho medo de careta sim, da minha própria sombra também. Tenho medo do futuro, e de algumas coisas do passado que ainda me assombram. Tenho medo de tentar e errar, mas também tenho medo de não arriscar e não saber se teria sido bom. Tenho medo de não conquistar, e medo de não saber o que fazer com a conquista. Tenho medo de ir adiante e me perder, ou de ficar parado e não viver mais nada. Tenho medo de ficar só, e de algumas companhias. Tenho medo, porque sou carne, nervos, sentidos... Porque sou gente! Que tem medo de gente simplesmente.

Mas não deixo que todos os meus medos me petrifiquem, pelo menos aqueles quais eu julgo serem normais, ou até mesmo banais. Muitos eu já superei. E aconselho a todos que superem alguns dos seus. Pois a sensação de se impor diante do pavor pode lhe trazer a instigante euforia da conquista (dupla por sinal). E como não nasci com todos os medos que hoje possuo, vim adquirindo-os ao longo dos anos, tenho total capacidade de me livrar deles. Confessá-los talvez seja a premissa para o sucesso. Questione seus medos, interrogue-os, indague suas origens, pois o medo pode torná-lo ignorante, e não me refiro à estupidez de um rude, me refiro ao fato de ignorar seu próprio conhecimento, seu auto-entendimento.

Então o supere sempre que possível, mesmo que seja porque não aceita o fracasso. Mas tenha a consciência de que alguns medos são intransponíveis, nesses casos acomode-se e aprenda a conviver com ele. Ah, tem também aqueles medos que já foram superados, mas você sabe que existe a possibilidade (mesmo que remota) de sentir novamente, é o medo de ter medo (esse é o pior de todos).

O medo existe! Fato! Aliás, incontestável. Mas a audácia também, meu bem! Por isso, não tenha medo de sentir medo, tenha apenas a coragem de superá-lo.

                                                                                                         By: Kesya Tavares.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Mais Que Palavras


Desde que comecei a escrever este Blog algumas pessoas vieram expressar sua opinião, o que me deixou bastante lisonjeada. Fui indagada algumas vezes sobre o fato de falar bastante de amor, sentimentos, perda, conquistas, saudade... E o porquê algumas vezes os textos soam com certa tristeza e melancolia.

Eu até concordo que talvez haja um certo pesar desmedido, se é que podemos medir sentimentos e suas causas. Mas o fato é que ao escrever sobre esses “tais assuntos” não coloco na balança o que pode soar como afável. Apenas procuro expressar minha opinião e meus sentimentos de forma mais sincera possível.

Não me julgo como uma total conhecedora de causa, não é isso, por isso não me avaliem dessa forma também. Apenas me proponho a discutir sobre fatos que podem acontecer na vida de todos.

E escrever me dá a possibilidade de descortinar alguns sentidos e opiniões das quais eu conservava. Pois quando decido sobre o que irei escrever é quando me proponho a analisar meus reais sentimentos. Por isso garanto-lhes que minhas palavras não são tristes ou alegres, são apenas verdadeiras.

Agradeço muito a todos aqueles que visitam essas páginas. Peço que sempre que possível deixem seus comentários e sugestões, pois meu objetivo é tornar este blog agradável a todos.

                                                                     By: Kesya Tavares.

E como forma de agradecimento pelo carinho de sempre, postarei um breve texto de um amigo assíduo do “Um Infinito Quase Particular”. Um querido, que eu tive o prazer de conhecer em uma fase tão feliz da minha vida...  Beijos “galego”.

“O amor é o sentimento dos seres imperfeitos. Pois só alcançamos a sua plenitude, com toda força e intensidade. É quando estamos perto de nos tornarmos perfeitos.
                                                                                                     (Edilson Nunes)